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Kártika
Kártika, também chamado de Drigug ou faca curva, é um pequeno punhal, seu crescente simboliza o corte de todos os laços materiais e mundanos, enquanto que o gancho rompe o véu do ego. Ela é coroada com um Vajra, que destrói a ignorância e conduz à iluminação. A Kartika representa o corte dos obscurecimentos para o progresso no caminho espiritual incluindo orgulho, a falta de fé, ilusões, distração e desatenção.
Gyaltsen
O Estandarte da Vitória – tibetano: རྒྱལ་མཚན Gyaltsen
A bandeira da vitória foi adotada no budismo como um emblema da iluminação de Buda Shakyamuni e sua vitória sobre todo o mal que nos impede de acessar nossa verdadeira natureza iluminada.
Este estandarte simboliza a vitória de Buda sobre Mara, o senhor das Ilusões. No budismo, se explica que toda experiência no mundo, vem de um entendimento pessoal da realidade, ou seja, cada pessoa irá experiênciar o mesmo objeto, de forma diferente, pessoal. Esse significado que damos às experiências e objetos, são ilusões, pois não são a realidade absoluta do objeto. Quando entendemos que todo objeto é vazio de significado até o momento em que criamos um, nos libertamos da crença de uma ilusão que criamos e que seguimos como verdades. Essa é a vitória libertadora dessa compreensão, uma vitória sobre todas as características que vivemos em base de ilusões: os desejos, a ignorância e a aversão.
Dzigar Kongtrül
Dzigar Kongtrül Jigme Namgyel nasceu no norte da Índia em 1964. Aos nove anos de idade, perdeu seu pai, o 3º Neten Chokling Rinpoche, quem estabeleceu o campo de refugiados tibetanos em Bir, na Índia. Logo depois da morte do pai, Kyabje Dilgo Khyentse Rinpoche reconheceu Dzigar Kongtrül como a reencarnação do grande Jamgön Kongtrul, reconhecimento este confirmado pelo 16º Karmapa. Dzigar Kongtrül Rinpoche foi entronizado no Chokling Gonpa, em Bir. Seu professor-raiz foi Kyabje Dilgo Khyentse Rinpoche, mas teve também extensa formação sob a orientação de Tulku Urgyen Rinpoche, Nyoshul Khen Rinpoche e Khenpo Rinchen, um grande iogue e erudito.
Em 1989, Dzigar Kongtrül Rinpoche se mudou para os Estados Unidos com sua família e de 1990 a 1995 foi professor de filosofia budista na Universidade Naropa. Pouco depois de sua chegada nos Estados Unidos, fundou Mangala Shri Bhuti, uma organização dedicada ao fomento da prática da linhagem Longchen Nyingtik. Estabeleceu um centro de retiro nas montanhas ao sul do Colorado chamado Longchen Jigme Samten Ling, onde passa a maior parte do tempo em retiro e supervisiona a prática de alunos em retiro extenso. Entre estes está Pema Chödrön, a famosa escritora budista. Sob a orientação de Dzigar Kongtrül Rinpoche, Elizabeth, sua esposa, também se tornou uma professora respeitada. Rinpoche é um pintor abstrato admirável e teve sua obra reproduzida no livro Natural Vitality, juntamente com um ensaio profundo que escreveu sobre a relação entre a arte e a espiritualidade.
Dragão
1Artigo | Os dragões do despertar
By
Drukpa Brasil
Published on 9 de março de 2016.
“Os Dragões legendários são estranhamente semelhantes a criaturas reais que viveram no passado. Eles são muito parecidos com os grandes répteis ou dinossauros que habitaram a Terra muito antes do homem supostamente ter aparecido na Terra.” (Knox, Wilson, ‘Dragon’, The World Book Encyclopedia, vol. 5, 1973, p. 265.)
Encontramos a menção do animal mitológico dragão tanto na literatura oriental quanto na literatura ocidental, em praticamente todas as culturas e tempos. Uma vez que o termo ‘dinossauro’ foi cunhado somente em 1842 por Richard Owen, surge a curiosidade: Como estes seres eram chamados antes de serem ‘dinossauros’ ?
Em torno de 300 d.C., em Sichuan, na China, o chinês Chang Qu descobriu ossos de dinossauros abaixo da terra e os documentou como sendo uma “descoberta de ossos de dragões”. (Dong Zhiming (1992). Dinosaurian Faunas of China. China Ocean Press, Beijing.)
Curiosamente, o termo atual para ‘dinossauro’ na língua chinesa é konglong, que significa ‘terrível dragão’ (BBC News. 2007-07-06) como também meilong, significando ‘dragão adormecido’. (Xu and Norell, 2004.) De forma similar, Richard Owen ao cunhar o termo ‘dinosauria’ em 1842, o definiu como “terrível lagarto gigante”.
No Budismo Tibetano o dragão é tanto o veículo do Dhyani Buddha Vairotchana, o Buddha da Sabedoria última como também o veículo de Vajradhara, o Buddha Primordial. É também um dos emblemas de uma das linhagens do Budismo Tibetano provindas a partir do grande marra-siddha indiano Naropa e fundada pelo grande siddha tibetano Tsangpa Gyare Yeshe Dorje – a Linhagem Drukpa.
O Dragões na Linhagem Drukpa
S.S. Gyalwang Drukpa, o líder e autoridade máxima da Linhagem Drukpa, a décima segunda reencarnação do fundador da linhagem Tsangpa Gyare Yeshe Dorje, nos explica as origens e o significado espiritual dos Dragões da seguinte forma:
“No continente Asiático, acreditamos que o Dragão seja um símbolo de ‘energia’, de ‘energia positiva’. Cremos que seja um tipo de energia que se manifesta na forma de um dragão. Acreditamos, ainda, que seja dotado do poder de criar e de se movimentar através de vários diferentes tipos de elementos da natureza. Seu campo de poder estende-se a fim de nutrir e potencializar as colheitas, árvores, plantas e assim por diante. Em outras palavras, no verão, por exemplo, ele se manifesta na forma de trovões, presenteando-nos com a chuva, com a água, proporcionando que as coisas tomem nascimento, cresçam e floresçam. Desta forma, em nossa tradição espiritual, o dragão simboliza energia. Na ausência de energia, os seres e as coisas não existiriam, as pessoas não sobreviveriam. Portanto, para a nossa linhagem espiritual, o dragão é TUDO e a partir dele TUDO se manifesta.”
“Tsangpa Gyare, o fundador da tradição espiritual dos Dragões, a Linhagem Drukpa, cuja existência foi prevista anteriormente por Dakinis (seres espirituais altamente realizados de gênero feminino), enquanto procurava uma região adequada para a construção de um local apropriado para difundir os ensinamentos de sua linhagem sagrada, encontrou-se com nove dragões deitados em uma determinada região no Tibete. Diante de seus olhos, tais auspiciosas criaturas levantaram vôo ao céu seguido dos rugidos estrondorosos de trovões que perduraram por um longo tempo.
A partir desta visão, naquele momento e naquele lugar sagrados, tomando este evento como de grande e profundo significado, Tsangpa Gyare decidiu construir seu mosteiro. Desta forma, o primeiro mosteiro da Linhagem Drukpa – NamDruk Sewa Jangchub Ling (A Morada da Iluminação dos Dragões Celestes), foi construído, localizado não muito distante de Lhasa, a capital do Tibete. Acredito que a primeira associação do dragão com a nossa linhagem provém deste notável incidente. A partir disto, tornou-se natural para os seguidores desta linhagem, como também seus detentores e a própria linhagem em si, serem chamados de ‘Drukpa’ ou ‘Druk’, que, em tibetano, significa dragão. O dragão é supostamente uma criatura celestial muito auspiciosa e importante em nossa cultura asiática. Até mesmo o país do Butão veio a ser chamado de ‘Druk’ ou ‘Druk Yul’, ou seja, a Terra dos Dragões, devido à influência da Linhagem Drukpa neste país, desde tempos remotos até os dias de hoje. Consequentemente, o próprio povo do Butão refere-se a si próprio como ‘Drukpa’, significando o “povo da terra dos dragões”, nos conta S.S. Gyalwang Drukpa.
A Natureza dos Dragões na Tradição Asiática
Encontramos na tradição budista um protótipo de dragão benevolente – uma corporificação de qualidades divinas tais como energia, sabedoria, poder, proteção, providência e fertilidade.
Sua forma exterior combina características de um peixe (representado nos bigodes de carpa e no corpo escamoso), réptil (representado em seu corpo de serpente) e de um pássaro (representado nas garras de águia), dotando-o da habilidade de movimentar-se pelas águas, andar pela terra e voar pelos céus.
Nas águas, ele entra em contato com um mundo desconhecido dos humanos e torna-se uma fonte de fertilidade, adaptação e flexibilidade. Ao movimentar-se na terra, torna-se um conhecedor e detentor de grande riqueza, abundância, estabilidade e prosperidade. Nos céus, de onde percebe tudo e todos em grande profundidade e amplidão, torna-se uma fonte de sabedoria, equanimidade, liberdade e transcendência. Sua corcunda configura-se tal como uma cordilheira de montanhas representando magnificiência, força e poder. Em sua mão ele segura a ‘Jóia da Auspiciosidade’ significando o coração da iluminação e a mente de sabedoria que tudo realiza.
Seu estrondoroso rugido tal como o de um forte trovão, desperta-nos do sono da ignorância. O fogo, que expele por sua boca, expressa a bondade amorosa e sabedoria que queimam as causas de toda insatisfatoriedade, mal-estar e sofrimento – a ilusão de uma realidade inerente, permanente e independente nas coisas, pessoas e no mundo – manifesta-se como uma energia protetora, uma ira sábia, que repele maus espíritos e influências negativas além de proteger aqueles dotados de virtude e de um coração bondoso.
Portanto, aqueles nascidos no ano do dragão (um dos 12 ciclos de animais dos calendários chinês e tibetano) são destinados a desfrutarem de saúde, riqueza e uma vida longa.
Origens na tradição Asiática
O Dragão da tradição Indiana
Na literatura Indiana conta-se que Indra, o rei dos deuses indianos (skt. deva), matou Vritra, o dragão da água, golpeando-o com seu bastão espiritual. No grande épico indiano Mahabharata, osnāgas ou dragões são descritos como possuindo traços de cobras como também de humanos.
Posteriormente, na literatura budista, encontramos menções sobre dragões em alguns sutras, principalmente sobre os ‘reis dragões’. O termo dragão encontrado nestes sutras geralmente foi uma tradução do sânscrito nāga, onde o seu rei era considerado um grande nāga ou um dragão.
No Sutra das Dez Formas Positivas de Ações:
“Assim eu ouvi. Uma vez, o Buda estava no Palácio do Rei Dragão do Oceano, junto com uma assembléia de oito mil destacados monges e trinta e dois mil Bodhisattvas Mahasattvas. Dirigindo-se ao Rei Dragão, o Buda disse: Devido a que todos os seres têm diferentes estados de consciência e pensamentos, esses também realizam diferentes ações e como consequência há o constante retorno nos diferentes caminhos da existência. Oh, Rei Dragão! Por isso tu vês a variedade de formas e aparências nesta assembleia e no Grande Oceano, embora não sejam diferentes umas das outras…” (Tripitaka Chinês #600)
No Sutra do Grande Dragão Krkala:
“Assim eu ouvi. Certa vez, o Buddha estava na grande cidade Rajagriha. Naquela ocasião, o Bodhisatva Ratnaketu Dharani indagou o Buddha: Por quê o grande dragão Krkala engole uma espada afiada e envolve suas pernas ao redor de uma espada?…” (Taisho Tripitaka 1206)
No sutra do Lótus, encontramos uma assembléia de dragões presenciando os ensinamentos do Budha na seguinte passagem:
“Assim eu ouvi: Certa época, estava Buda em Rajagriha, no monte Gridhrakuta. A acompanhá-lo estava uma multidão de monges em número de doze mil…Aí estavam oito reis dragões, o rei dragão Nanda, o rei dragão Upananda, o rei dragão Sagara, o rei dragão Vasuki, o rei dragão Takshaka, o rei dragão Anavatapta, o dragão Manasvin, o rei dragão Uptalaka, cada um com várias centenas de milhares de seguidores…” (Lótus Sutra, cap. 1: Introdução)
“…Então Manjushri, sentando sobre um lótus de mil pétalas, tão imenso quanto uma roda de carroça, acompanhado dos Bodhisattvas que o seguiam, também sentados em lótus de jóias, espontaneamente emergiu do Grande Oceano do Palácio do Dragão Sagara…”(Lótus Sutra, cap. 12: Devadatta)
“…Sabedoria Acumulada indagou a Manjushri: “Este Sutra é extremamente profundo e sutil. Em meio a todos os outros Sutras, ele é uma jóia raramente encontrada no mundo. Existe algum ser vivente que possa, através da diligência e vigor, cultivar este Sutra e rapidamente atingir o Estado de Buda”? Manjushri disse: “Existe uma filha do Rei Dragão que tem apenas oito anos de idade. Ela possui as faculdades, condutas e Karmas dos seres viventes e obteve Dharanis. Ela está apta a receber e ostentar repositórios inteiros de segredos extremamente profundos pregados pelo Buda…” (Lótus Sutra, cap. 12: Devadatta)
Também, um dos principais discípulos do Buddha recuperou sutras que haviam sido escondidos no palácio do rei dos Oceanos, no fundo do mar. Conta-se que para obter os textos de volta ele domou o dragão nāga guardião do palácio, e retornou os sutras a terra. Devido a este evento, o monge passou a ser chamado de o grande Arhat Nantimitolo.
Outro entre os maiores discípulos do Buddha, o Arhat Panthaka, dotado de diversos poderes espirituais ou siddhis, foi convocado pelo Buddha para uma expedição que teria como objetivo subjugar e converter o terrível dragão rei Apulala. Devido a este evento, o Arhat Panthaka é frequentemente retratado nas imagens budistas com um dragão nāga dentro de sua tigela de mendicância.
Nos registros históricos de dois renomados monges budistas e peregrinos chineses, Ven. Fa Hsien (394-414 CE) e 200 anos depois, Ven. Hsuan Chuang, peregrinaram a Sankashya, um dos oito lugares mais sagrados do budismo na Índia, que se refere a passagens da vida do Buddha Shakyamuni. Conta-se que, neste local, Buddha descendeu do reino celestial Tushita, onde ensinava sua mãe e aos deuses que lá viviam, considerado a terra onde todos os Buddhas do passado e do futuro desempenharam o mesmo extraordinário feito.
Lá, nativos da região, contaram a ambos os peregrinos que ali, um dragão de asas brancas, que habitava próximo ao mosteiro, protegia em torno de 1.000 monges e monjas. Este dragão defendia e atendia as necessidades do mosteiro e de toda a região que o circundava. Mais especificamente, os registros de viagem do monge chinês Fa Hsien claramente apontavam a característica de uma abundante natureza e produtividade nesta região onde tal dragão residia. Apontavam, também, grande prosperidade e alegria entre a populacão que ali vivia.
No budismo tântrico indiano, o vajrayana ou mantrayana secreto, o dragão é o veículo de Vairotchana, um dos cinco Dhyani Buddhas, considerado como o Buddha de cor branca da direção leste ou central como também o veículo de Vajradhara, uma representação do Buddha Primordial.
O Dragão na tradição chinesa
Como visto anteriormente, na literatura Indiana encontramos a imagem do dragão através do termo sânscrito “vritra”. Anterior à chegada do budismo na China no século III, os dragões já estavam presentes na cultura chinesa e eram chamados de “long”. Curiosamente, na medida em que o budismo foi chegando à China, encontramos a tradução chinesa long ou dragão, não como uma tradução de seu equivalente sânscrito “vritra”, mas da palavra “nāga”, ou seja, um tipo especial de cobra provindo de um antigo culto indiano, onde são considerados seres da natureza relacionados com o poder de fazer chover, com a fertilidade e proteção das águas como também guardadores de tesouros.
Na China, o culto para com os dragões é datado de mais de 7.000 anos, unindo, posteriormente, com a chegada do budismo, o significado dos nāgas provindos da tradição Indiana quando, então, o dragão foi tomado como o rei dos nāgas. Nessa tradição, simboliza a sabedoria divina revestida do poder indomável da natureza. Ou seja, a harmonia entre os atributos espirituais e naturais que formam todas as coisas. São tidos como criaturas celestiais , incrivelmente auspiciosos e que exercem o controle sobre as forças da natureza.
Uma das primeiras imagens do dragão chinês aparece em um entalhe neolítico datado aproximadamente de 5.000 anos antes de Cristo. Disto, é considerado uma das mais antigas representações simbólicas da humanidade. A mais antiga descrição escrita do dragão chinês encontra-se no I Ching, o “Livro das Mutações”.
No I Ching ele aparece como o princípio masculino yang, representando a transformação, energia criativa e assim por diante. É um símbolo de uma força dinâmica eletrizante que se manifeta através de relâmpagos e trovões. No inverno, esta energia toma retiro dentro da terra. No início do verão torna-se ativa novamente, surgindo no céu como trovões e relâmpagos. Como resultado, as forças criativas do universo avivam-se novamente, nutrindo os vários elementos da natureza.
O dragão, segundo a mitologia chinesa antiga, foi um dos quatro animais sagrados convocados por Pan ku (criador do universo) para participar da criação do mundo. Representa a energia do fogo que destrói, permitindo o nascimento do novo – a transformação. Para muitos é o deus das chuvas, representando o potencial de fazer chover e do fluir das águas. Acredita-se que os dragões possam criar nuvens com sua respiração. Simboliza também a sabedoria e o império.
A essência da vida (energia vital) representada pelo hálito celestial dos dragões é chamada em chinês de sheng chi, que literalmente significa ‘sopro cósmico’. Ela é a fonte de toda a energia que contribui para com a fertilidade e riqueza tal como as mudanças climáticas que proporcionam a estação das chuvas, o calor do sol, brisas refrescantes e aromáticas que, por sua vez, propiciam um solo fértil e as colheitas florescerem em grande diversidade e abundância. Assim, torna-se uma representação da essência e natureza do universo.
É interessante notar que o dragão é mundialmente reconhecido como um símbolo da cultura chinesa e de seu povo. Os chineses referem a si próprios como ‘Lung-tik Chuan-ren’, que significa os “Descendentes do Dragão.” Sua tradição acredita que, em algumas raras ocasiões, os dragões demonstram o poder de transformar si próprios em elegantes seres humanos, homens ou mulheres, podendo até mesmo, vir a casar-se com outras pessoas. Por exemplo, Yu Pang, um camponês que ascendeu ao mais elevado posto em seu país e governou a China como seu imperador, para que pudesse legitimar sua ascensão nunca vista antes, foi o primeiro a clamar ter a descendência familiar de um dragão. Desde então, o epíteto ‘face-de-dragão’ passou a ser usado para referir-se ao imperador. No Japão, onde muitos dos costumes provêm ou se assimilam aos da cultura chinesa, o imperador japonês Hirohito (1940) alegou ser descendente da princesa ‘Jóia Frutuosa’, filha do ‘Dragão-rei dos Oceanos’. Este é o significado raíz por de trás do emblema ou brasão encontrado em residências régias na China e Japão.
Portanto, temos a representação da face de um dragão como um dos principais símbolos imperiais ainda que outros tipos de emblemas com dragões também fossem usados por ministros e representantes dos emperadores chineses. Nota-se que somente o símbolo de dragões com cinco dedos representavam o imperador e seu império. Dragões com quatro, eram símbolos da nobreza imperial e oficiais de alto escalão e os com três dedos eram usados para com pessoas de cargos menores e a população em geral.
Na tradição chinesa os dragões algumas vezes são categorizados como quatro ou nove tipos principais.
Os quatro tipos principais do dragão chinês:
1.t’ien long – Dragões Celestes, que exercem a função de dar suporte ao palácio celeste dos deuses e são considerados como os soberanos entre os dragões.
2.Shen long – Dragões Espirituais, os quais controlam as nuvens e fazem chover.
3.Ti long – Dragões da Terra, que desempenham a função de controlar os rios e oceanos.
4.Fu ts’ang long – Dragões Guardiões de Tesouros, os quais têm a função de proteger jóias objetos preciosos.
Os outros cinco restantes formando nove tipos principais:
1.Ying long – Dragões Alados, associados com chuvas torrenciais e dilúvios.
2.Jia long – Dragões escamosos, destituídos de chifres e coberto de escamas, líder de todos os animais aquáticos.
3.Pan long – Dragões Espiralados, que residem nos lagos e não ascenderam aos reinos celestiais.
4.Huang long – Dragões amarelos, sem chifres conhecidos por sua sabedoria e por simbolizarem o imperador.
5.Long wang – Dragões Reis, governantes dos quatro mares: do leste, do sul, do oeste, e do norte.
O Dragão na tradição tibetana
No Tibete, os dragões foram chamados de ‘druk’ sendo considerados como a fonte daquilo que conhecemos em nossa língua como ‘trovão’. Trovão foi chamado pelos tibetanos de ‘druk dra’, que literalmente significa o ‘som do trovão, considerado por eles como sendo o próprio ‘rugido dos dragões’(druk kê em tibetano). Tal como o trovão, a mente desperta do dragão nos acorda, explodindo a bolha da mente conceitual, libertando-nos de toda insegurança, medo, dúvida e expectativas.
O Dragão simboliza os grandes e sábios imperadores como também os poderosos e inabaláveis mestres espirituais. Representa a sabedoria que vê a realidade lúdica de todas as coisas e o poder e confiança presentes naturalmente nesta realização. A mente do dragão é vasta, poderosa e hábil devido a reconhecer a natureza vazia, porém magicamente aparente de todas as coisas. Sem projetar e cristalizar uma existência inerente, real, nas coisas e pessoas, o dragão dança e brinca em meio a interdependência de todas as manifestações. Esta visão é chamada em sânscrito de prajna paramita, que literalmente, significa ‘o excelente conhecer transcendental’, um discernimento preciso, profundo e amplo, de onde surge a natural presença, poder e confiança do dragão.
No budismo tibetano, entre os cinco elementos – espaço, ar, fogo, água e terra – , o dragão representa o elemento espaço. Portanto, da mesma forma que o espaço não pode ser concebido ou investigado como um objeto, a mente do dragão é insondável. Sua natureza vai além dos limites de espaço geográfico, tempo, nome e forma. Nossa mente é da natureza do dragão. Tal como o seu hálito quente, nossa essência esta impregnada desta verdade, esta constantente se expressando e nos revelando quem realmente somos.
Na tradição tibetana encontramos uma relação de proximidade entre cobras, serpentes, crocodilos, dragões, caranguejos, sapos e outros répteis. Estes animais ainda que não sejam necessariamente o que a tradição asiática chama de nāgas, podem vir a ser considerados diferentes classes de nāgas dependendo de suas characterísticas psico-energéticas.
No budismo tibetano nāgas são geralmente tomados como seres hostis que, ainda que possam se tornar protetores de mestres e ensinamentos como também guardadores de tesoursos do Dharma, são seres que geralmente residem sob as águas e em seus arredores, e causam doenças e infortúnios, principalmente quando ameaçados ou prejudicados por influências humanas. Em contrapartida, os dragões no budismo tibetano são símbolos de energia positiva, auspiciosidade, iluminação e de poder espiritual.
Portanto, encontramos essa relação próxima entre os dragões e os nāgas onde muitas vezes o dragão é considerado uma classe de nāga ou o nāga como uma forma de dragão, aparecendo frequentemente em diversos símbolos do budismo tibetano.
No Tibete há templos dedicados especificamente aos nāgas. Nestes templos, encontramos diversos tipos de répteis considerados como sendo classes de nāgas, incluindo dragões.
Na tradição tibetana, o estandarte do dragão de turquesa significa o som da compaixão que nos desperta da ilusão e aumenta aquilo que podemos conhecer por meio da audição através de seu completo poder de comunicação. É dito nos proteger contra todos os tipos de discórdia, principalmente contra a calúnia, fofocas e o uso indevido da fala.
Os dragões nāgas muitas vezes, aparecem em instrumentos musicais tibetanos, usados como oferenda de som na tradição budista como também em amuletos de proteção. São frequentemente encontrados na arquitetura himalaica em pilares, nos beirais do telhado de templos budistas, na base de monumentos e pontes com a função de proteger contra incêndios e terremotos. A imagem de sua face (skt. mukha) é geralmente usada como um símbolo protetor. Por exemplo, dois pontos simbolizando olhos ou um desenho sinuoso usado para enquadrar os cantos dos fólios das escrituras budistas em língua tibetana têm suas origens nestes protetores dragões nāgas.
Na tradição tibetana, dragões são considerados capazes de mudar de tamanho. De acordo com alguns lamas tibetanos, os dragões nāgas, quando pequenos, podem causar pequenas goteiras tais como água pingando em beirais de telhados ou umidade em tetos e paredes. Em algumas ocasiões tais como em transmissões e ensinamentos do Dharma, o surgimento inesperado de vazamentos de água são tomados como a aprovação destes dragões nāgas e, consequentemente, considerados como um sinal auspicioso.
Entretanto, o dragão é mais comumente conhecido na tradição tibetana como um dos quatro animais das célebres bandeiras de oração chamadas “Cavalo de Vento”(do tibetano Lungta). O cavalo de vento possibilita variados níveis de interpretação: a partir de uma percepção externa, é uma ou figura tibetana mítica. A partir de uma percepção interna, representa energia vital ou energia positiva, sendo considerado um símbolo de boa sorte. A partir de uma percepção secreta, representa, entre os cinco elementos da natureza, o elemento espaço. De uma percepção ainda mais secreta, representa o elemento ar interno ou a energia que corre dentro de nosso corpo como também, os vários aspectos do caminho budista.
Os quatro animais – dragão, tigre, garuda e o leão da neve -, nos cantos da bandeira, simbolizam as “Quatro Dignidades”, qualidades espirituais que os Bodhisatvas (ou Guerreiros/Heróis Espirituais) desenvolvem no caminho à iluminação como também os quatro tipos de confiança dos grandes monarcas universais.
Nos ensinamentos de Shambala, onde estas quatro dignidades são extensamente explicadas, o dragão carrega consigo as qualidades dinâmicas da natureza como também a mudança do tempo e estações do ano. Identifica-se com a mente além do ego, transcendendo nossas fixações e visões do mundo como o concebemos.
Em seu Terma de Shambala, um dos grandes representantes atuais da tradição dos yôguis de louca sabedoria presente até hoje, Vidyadhara Chogyam Trungpa Rinpoche, nos explica que o dragão simboliza o ‘estado de inescrutabilidade’. Este estado surge na base da realização do não-eu. A partir desta profunda experiência, verdadeiro destemor é alcançado. Devido a não haver mais medo, dúvida e esperança, surgem naturalmente bondade, gentileza, simpatia e bom humor, além de qualquer compromisso ou expectativas. Tornamo-nos genuínos, corporificações da verdade. A artificialidade dá lugar à verdade, honestidade, naturalidade e espontaneidade. Não há mais a necessidade de ‘falar a verdade’, no sentido da minha verdade e da sua verdade, pois transformamos a nós mesmos nessa verdade, tornamo-nos exemplos vivos disto. A verdade não é limitada à visão de alguém, não é propriedade de ninguém. Simplesmente, é o que é. Ser a presença viva da verdade é mais importante do que a verdade em si própria. Surgem energia e poder inabaláveis. Confiança incondicional toma nascimento através das qualidades de uma dignidade natural, de uma firmeza leve e relaxada, aberta e destemida, desperta e inteligente.
S.S. Gyalwang Drukpa nos ensina que pertencemos à tradição profunda dos grandes yôguis de ‘Louca Sabedoria’ (do tibetano yêshe chôl ua, literalmente sabedoria selvagem), representados através dos antigos mestres da Linhagem Drukpa – Drukpa Kunley, Tsangnyong Heruka e Unyon Kunga Zangpo. Entretanto, por louca sabedoria, diz Sua Santidade, “não se entende fazer o que der na telha, mas sim a expressão natural e espontânea provinda de um verdadeiro e completo destemor. A maioria de vocês foi espiritualmente batizado com o ‘sobrenome’ Jigme, ou seja, destemor. O destemor é a essência dos yôguis dragões e o principal fruto natural da prática dos mestres de louca sabedoria. Nós somos detentores desta tradição dos grandes yôguis de louca sabedoria. Entretanto, para que possamos verdadeiramente preservar esta tradição viva, precisamos realizar o verdadeiro destemor.”
Escrito aos arredores da grande estupa sagrada de Djarung Khashor como auto-estudo e contemplação e para o benefício daqueles que como eu aspiram um dia, tornarem-se verdadeiros yôguis dragões.
– Lama Jigme Lhawang
Boudhanath, Kathmandu, Nepal.
1o. mês do ano de 2013.
Sungma
Sungma – Protetores para Vestir
Tradicionalmente confeccionados por Lamas tibetanos, este é o amuleto que protege quem o veste: pacifica influencias negativas, incrementando a energia pessoal e longevidade. É uma convocação para que a deidade esteja presente onde o amuleto está.
Tratado com o cuidado digno de um emblema poderoso, este amuleto pode ser usado como colar, na bolsa, carteira ou pendurado em carros ou em um cômodo da casa.
Cada amuleto tem uma função específica, com mantras e preces da deidade contida na imagem do amuleto.
Tenzin Gyatso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vida
Dalai Lama (1935) nasceu na aldeia de Takster, na província de Amdo, no Tibete, no dia 6 de julho de 1935. Filho de agricultores recebeu o nome de Lhamo Dhondrub. Quando tinha dois anos, passou a ser chamado de Tenzin Gyatso, após ser reconhecido pelos monges tibetanos como a reencarnação do 13º Dalai Lama.
Com 4 anos de idade, o futuro Dalai Lama Tenzin Gyatso foi considerado a 14ª reencarnação do príncipe Cherezig, o portador do lótus branco, que simboliza a compaixão. Foi separado da família e levado para o Palácio de Potala, situado na montanha Hongsham, na capital Lhasa, onde começou sua rigorosa preparação. A partir de seis anos de idade passou a receber aulas de filosofia budista, arte e cultura tibetana, gramática, inglês, astrologia, geografia, história, ciências, matemática, medicina, poesia, música e teatro.
Como 14.º Dalai Lama, líder e mentor do povo tibetano. Considerado por muitos uma das vozes mais lúcidas e comprometidas com a paz, procura estabelecer o diálogo e difundir a necessidade da compaixão no cenário mundial contemporâneo.
Em 1950, ano em que o Tibete foi invadido pela China, o Dalai Lama com apenas 15 anos, é orientado a deixar o Tibete. Em 1951 é assinado um “Acordo de Dezessete Pontos” com o qual a China pretendia adotar medidas para a libertação do Tibete, mas as tentativas foram fracassadas. Em 1959, os chineses sufocaram uma insurreição separatista comandada pelos aliados do Dalai Lama.
Em 1959 foi obrigado a abandonar o Tibete, altura em que este é invadido pela República Popular da China. Disfarçado de soldado e na companhia de familiares, conseguiu atravessar a fronteira da Índia e assim evitou ser capturado pelos chineses. Instala-se em Dharamsala a convite do governo de Jawaharlal Nehru, e aí constituiu o governo tibetano no exílio, onde ainda permanece.
Não saiu da Índia até 1967, quando visitou pela primeira vez o Japão e a Tailândia. Estava dado o primeiro passo daquilo que se tornou na sua peregrinação ininterrupta pelo mundo, durante a qual luta pelos direitos humanos no mundo mas em especial no Tibete. Luta, mas sempre recorrendo a processos pacíficos, respeitando a doutrina da não violência (a mesma lei defendida por Mahatma Gandhi), pelo que é reconhecido internacionalmente através da atribuição do Nobel da Paz em 1989. O prémio leva a que a causa receba mais atenção e apoiantes, ao mesmo tempo que provoca um embaraço ao regime de Pequim.
Mais tarde deixa de lutar pela independência da Tibete, e passa a propor o Tibete como região autónoma da China, com verdadeira autonomia que lhe permita conservar e viver a sua cultura, incluindo a religião (o que actualmente não lhes é permitido, o regime chinês considera que a religião é uma doença para mente).
É reconhecido internacionalmente, em todo o mundo, como líder espiritual do Tibete, mas os governos de muitos dos países que visita evitam contactos oficiais com a Sua Santidade para não ferirem sensibilidades chinesas.
Cidadão planetário, manifesta especial interesse pelas pontes, articulações, sinapses, desafiando ortodoxias que retardam o exercício da vocação humana para o cuidado mútuo, a convivialidade e a cooperação. Nesse sentido apela para que cada um de nós aprenda a trabalhar em benefício não só de si próprio sua família ou nação, mas em prol da humanidade como um todo.
Afirma que a responsabilidade é a chave para a sobrevivência do humano e é a melhor garantia para implementar os valores universais e a paz.
Tenzin Gyatso, o líder máximo do budismo tibetano, depois de várias tentativas de restaurar a independência do Tibete, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1989. No dia 10 de março de 2011, anunciou que deixará o comando político dos tibetanos.
Dzongsar Khyentse Rinpoche
Thubten Chökyi Gyamtso, também conhecido como Khyentse Norbu, nasceu no Butão em 1961 e foi reconhecido por S.S. Sakya Trizin como a terceira reencarnação de Jamyang Khyentse Wangpo, fundador da linhagem Khyentse, e como a reencarnação direta de Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö.
Recebeu iniciações e ensinamentos dos grandes lamas de sua época, incluindo Sua Santidade o Dalai Lama, o 16º Gyalwang Karmapa, Kyabje Dudjom Rinpoche, seu avô, e Trinley Norbu Rinpoche, seu pai. Seu principal professor, no entanto, foi Kyabje Dilgo Khyentse Rinpoche. Por pertencer à tradição Khyentse que é não-sectária (Rime), recebeu ensinamentos de mestres das quatro principais escolas do budismo tibetano. Mais tarde, ingressou na Escola de Estudos Orientais e Africanos de Londres.
Desde muito jovem trabalha ativamente pela preservação dos ensinamentos budistas estabelecendo centros de aprendizado, sustentando praticantes, publicando livros e ensinando no mundo inteiro. Dzongsar Khyentse Rinpoche supervisiona o monastério Dzongsar e centros de retiro no Tibete Oriental, bem como suas novas faculdades na Índia e no Butão. Também estabeleceu centros de prática na Austrália, nos Estados Unidos e no Extremo Oriente que são coordenados pela instituição Siddhartha’s Intent. Rinpoche também é cineasta, tendo dirigido os filmes A Copa (1999) e Viajantes e Mágicos (2003).
Dzigar Kontrül Rinpoche
Dzigar Kongtrül Jigme Namgyel (འཛི་སྒར་ཀོང་སྤྲུལ་འཇིགས་མེད་རྣམ་རྒྱལ་, Wyl. ‘dzi sgar kong sprul ‘jigs med rnam rgyal) nasceu no norte da Índia em 1964. Aos nove anos de idade, perdeu seu pai, o 3º Neten Chokling Rinpoche, quem estabeleceu o campo de refugiados tibetanos em Bir, na Índia. Logo depois da morte do pai, Kyabje Dilgo Khyentse Rinpoche reconheceu Dzigar Kongtrül como a reencarnação do grande Jamgön Kongtrul, reconhecimento este confirmado pelo 16º Karmapa. Dzigar Kongtrül Rinpoche foi entronizado no Chokling Gonpa, em Bir. Seu professor-raiz foi Kyabje Dilgo Khyentse Rinpoche, mas teve também extensa formação sob a orientação de Tulku Urgyen Rinpoche, Nyoshul Khen Rinpoche e Khenpo Rinchen, um grande iogue e erudito.
Em 1989, Dzigar Kongtrül Rinpoche se mudou para os Estados Unidos com sua família e de 1990 a 1995 foi professor de filosofia budista na Universidade Naropa. Pouco depois de sua chegada nos Estados Unidos, fundou Mangala Shri Bhuti, uma organização dedicada ao fomento da prática da linhagem Longchen Nyingtik. Estabeleceu um centro de retiro nas montanhas ao sul do Colorado chamado Longchen Jigme Samten Ling, onde passa a maior parte do tempo em retiro e supervisiona a prática de alunos em retiro extenso. Entre estes está Pema Chödrön, a famosa escritora budista. Sob a orientação de Dzigar Kongtrül Rinpoche, Elizabeth, sua esposa, também se tornou uma professora respeitada. Rinpoche é um pintor abstrato admirável e teve sua obra reproduzida no livro Natural Vitality, juntamente com um ensaio profundo que escreveu sobre a relação entre a arte e a espiritualidade.
Aroma
Alecrim – É antisséptico, adstringente e antioxidante. Alivia dores reumáticas e musculares e também melhora a digestão e o apetite. Estimula o sistema nervoso e aumenta a energia. Não deve ser usado na gravidez, nem por hipertensos e epilépticos, pois pode ser altamente estimulante e aumentar a pressão sanguínea.
Bergamota – Antisséptico, anti-inflamatório, antidepressivo, antiviral e antibacteriano. A bergamota ajuda no combate diversos vírus, incluindo os causadores da gripe, herpes e catapora. Devido à sua versatilidade, também auxilia no tratamento de infecções bacterianas do sistema urinário, boca, garganta e pele, incluindo eczemas. Como desodorante natural, não só tem um perfume agradável, como elimina as bactérias responsáveis pelo mau odor. A bergamota só perde para a lavanda na habilidade de relaxar as ondas cerebrais quando é inspirada. Um cuidado: não se deve expor ao sol por 12h após aplicação na pele, pois a bergamota pode causar pigmentação anormal nas pessoas mais sensíveis.
Canela – Muito utilizado na culinária, pode ser usado na aromaterapia para reduzir a sonolência e a irritabilidade. Em geral, é utilizado como estimulante físico e emocional. Pesquisadores descobriram que a canela reduz ainda a dor de cabeça. Pesquisa já mostrou que o aroma de canela em um ambiente ajudou os participantes a se concentrar mais e produzir melhor. O óleo essencial ajuda a relaxar os músculos e alivia as dores menstruais. Deve ser utilizado em baixa concentração.
Capim limão – Tem efeito revigorante e analgésico. É indicado para combater o cansaço, nervosismo, ansiedade e depressão. Aumenta a concentração e também pode ser utilizado para relaxar crianças agitadas.
Cedro – Ao ser inalado, pode auxiliar no tratamento de infecções respiratórias a ajudar a diminuir a congestão. É estimulante linfático e diurético, funcionando ainda como adstringente suave e tônico. Deve ser usado em baixa concentração e evitado durante a gravidez.
Eucalipto – Antisséptico, o eucalipto por muito tempo foi usado na Austrália para tratamento das mais diversas enfermidades: de gripe, febre e dor de garganta a dor muscular e ferimentos na pele. O óleo essencial é utilizado para ajudar no alívio da sinusite e da congestão nos pulmões. A essência de eucalipto estimula as ondas cerebrais e atua no combate à fadiga física e mental. Por isso, especialistas indicam que se leve eucalipto para longas viagens de carro ou que mantenha a essência em seu quarto de estudo ou escritório. De acordo com a International Flavors and Fragances, empresa situada em Nova Jersey, Estados Unidos, inspirar a essência de eucalipto também ajuda a aumentar a energia.
Gerânio – A essência de gerânio tem efeito antidepressivo. Ajuda no alívio dos sintomas da TPM, ansiedade e cansaço nervoso. Estimula a adrenalina e ajuda a normalizar os picos hormonais. Inalar a agradável essência ajuda no combate aos sintomas da menopausa, retenção de líquidos e outros problemas relacionados a hormônios.
Hortelã pimenta – É expectorante e refrescante. Estimula o cérebro e clareia o pensamento. Ajuda a aliviar a febre, dor de cabeça e náusea. O aroma de hortelã pimenta é altamente energizante.
Jasmim – É conhecido por seus poderes afrodisíacos. O jasmim acalma o sistema nervoso, por isso é indicado para quando os nervos estão à flor da pele, e também quando a pessoa sofre de dor de cabeça insônia, depressão e com os sintomas da TPM e da menopausa. Estudos da Toho University School of Medicine, em Tóquio, mostram que a essência de jasmim também estimula as ondas cerebrais e a clareza mental.
Junípero – Atua como purificador emocional, ajudando a lidar com as debilidades mais diversas do corpo e da alma. Ao ser inalado, ajuda a aliviar a congestão e outros sintomas da bronquite.
Laranja – Revigorante, alivia a ansiedade. Na aromaterapia, é conhecida por sua habilidade para afetar o humor e baixar a pressão arterial. O aroma de laranja é o preferido de muitas crianças, e, geralmente, elas se adaptam melhor à aromaterapia quando este aroma é incluído.
Lavanda – Auxilia no equilíbrio físico, mental e emocional. Considerada poderoso desintoxicante, também pode ajudar a combater a insônia. Das diversas fragrâncias trabalhadas pela aromaterapia, a lavanda é a mais efetiva em relaxar as ondas cerebrais e reduzir o estresse.
Limão – Ativa a concentração e alivia o cansaço mental. Tem efeito antidepressivo. O forte aroma cítrico do óleo essencial do limão é utilizado para tratar dor de garganta, tosses e outras infecções. Ao ser inalado, ajuda a reduzir a pressão arterial. Também pode ajudar a reduzir a retenção de líquidos e melhorar a absorção de minerais, além de auxiliar na perda de peso. No Japão, o óleo essencial de limão é usado em difusores de escritórios e fábricas, pois se acredita que aumenta a concentração e a capacidade de memorização. Pesquisas comprovam que o aroma de limão é relaxante, o que aumenta a concentração. Como se considera que o limão estimula a mente enquanto acalma as emoções, inalar a essência pode auxiliar na tomada de decisões.
Manjerona – Afrodisíaca, a manjerona tem efeito analgésico e anti-infeccioso. Além disso, é considerada excelente para acalmar as ondas cerebrais.
Patchouli – De aroma forma, o patchouli tem efeito antidepressivo. Seu aroma reduz o apetite e ajuda a aliviar dores de cabeça. Também é considerado estimulante sensual e afrodisíaco.
Rosa – Geralmente associada a romances e ocasiões especiais, o óleo essencial também atua como poderoso antidepressivo. Afrodisíaco, é indicado para dar um up na autoestima. A rosa ajuda também no alívio de sintomas de diversos problemas femininos, como cólicas menstruais, TPM e alterações de humor inerentes à menopausa.
Sândalo – Tem efeito afrodisíaco, mas pode
ser utilizado também para meditação. O óleo essencial é usado para tratar problemas oriundos do sistema nervoso, como insônia e irritabilidade.Ylang Ylang – Antidepressivo e afrodisíaco, atua no combate à tensão, ansiedade e irritabilidade. Frigidez e estresse também podem ser amenizados com o uso deste óleo essencial.